Com a criação de 36 mil novos postos de trabalho, Minas Gerais registra o melhor resultado dos últimos meses
O mercado de trabalho formal no estado de Minas Gerais encerrou o mês de fevereiro com a criação de 35.980 postos de trabalho, resultado de 247.414 admissões e 211.434 desligamentos, este foi o maior saldo de empregos dos últimos meses, conforme a Fecomércio MG.
Na análise realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG, observa-se que os meses de janeiro e fevereiro começaram aquecidos, injetando quase 48 mil profissionais no mercado de trabalho formal, volume bem superior ao início do ano de 2023, que contou com a adição de quase 27 mil profissionais.
Com o retorno das aulas em fevereiro, observa-se entre as atividades com maior saldo de empregos do setor terciários, atividades relacionadas à educação. As atividades com maior geração de empregos líquidos no mês de fevereiro foram:
Educação infantil – creche (2.447)
Ensino fundamental (2.310)
Administração pública em geral (1.766)
Serviços combinados de escritório e apoio administrativo (1.367)
Educação infantil – pré-escola (1.340)
Com a criação dessas posições, o número de profissionais alocados no mercado de trabalho formal volta a ficar próximo ao seu melhor patamar, atingindo o volume de 4.818.453 profissionais com carteira assinada, estoque 124 profissionais inferior à outubro de 2023, quando Minas Gerais registrou maior número de profissionais trabalhando com carteira assinada no estado. Ao olhar para os setores, o terciário possui a maior proporção de profissionais, enquanto a indústria tem o menor estoque de profissionais desempenhando atividades com carteiras assinadas. A atual ordem de setores por número de profissionais é:
Serviço (2.128.632)
Comércio (1.053.315)
Indústria (993.314)
Construção (341.367)
Agropecuária (301.825)
Para Gilson Machado, economista da Fecomércio MG, o bom resultado do mercado de trabalho formal é reflexo da demanda de profissionais para atender às necessidades do mercado. Somado à melhora do ambiente econômico, o mês de fevereiro conta com o retorno às aulas, motivo que corroborou para inserção de mais profissionais no mercado de trabalho formal.
No mês de fevereiro, o salário fixo médio de admissão em Minas Gerais foi de R$ 1.941,18, permanecendo estável em relação ao mês imediatamente anterior. O salário de admissão para o mês foi inferior ao observado no contexto nacional para o período, em 6,8%, ficando em R$ 2.082,79. Entre os setores, continuamos observamos certa heterogeneidade entre os salários fixos de contratação. O setor com o maior salário foi o da construção (R$ 2.177,45), seguido pela indústria (R$ 2.043,59), serviços (R$ 1.996,16), agropecuária (R$ 1.932,14) e comércio (R$ 1.633,39). Embora o setor do comércio registre o menor salário fixo de admissão, ele tende a compor o salário com uma parte variável, tornando-o, na maioria das vezes, mais interessante do que o observado nos demais setores.
Em relação ao perfil de profissionais que conquistaram espaço no mercado de trabalho em fevereiro, os mais jovens seguem conquistando espaço no mercado de trabalho formal, enquanto os profissionais mais seniores e com maior experiência têm perdido espaço no mercado de trabalho formal. Apenas no mês de fevereiro, houve a baixa de 737 carteiras de trabalho entre profissionais com idade igual ou superior aos 60 anos.
Os profissionais que conquistaram espaço no mercado de trabalho formal em fevereiro possuem escolaridades a partir do ensino fundamental incompleto, enquanto os profissionais sem qualquer grau de instrução perderam espaço no mercado de trabalho, com a extinção de 227 postos de trabalho formais. A maior proporção de profissionais que conquistaram uma posição foi de profissionais com ensino médio completo, totalizando 20.248 profissionais, seguido pelos profissionais com o ensino superior, que registraram a adição de 6.776 profissionais.
Em fevereiro, os micro e pequenos negócios foram responsáveis pela absorção de 21.638 profissionais no mercado de trabalho formal, com mais de 60% de representatividade. Apenas os micro negócios empregaram quase a metade de todos os profissionais absorvidos no mercado de trabalho no mês de fevereiro do ano corrente.
As demissões a pedido por parte dos profissionais vêm aumentando com o passar dos meses, revelando que o desemprego natural está em alta. Os últimos dados mostram que 34,4% dos motivos de demissões devem-se ao fato do trabalhador requerer o pedido de baixa em carteira. Outros motivos presentes para o período são o término de contrato de trabalho com prazo determinado, com 12,9% dos motivos, e os desligamentos por justa causa com 1,7%.
Com o mercado de trabalho mais aquecido, há reflexo no desemprego friccional (ou desemprego natural), onde o trabalhador faz transição entre as empresas. Geralmente ocorre por ofertas de posições mais atrativas, uma transição de carreira ou encontra posições mais alinhadas com o seu objetivo profissional, destaca Gilson Machado
Sobre a Fecomércio MG
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais integra o Sistema Fecomércio MG, Sesc e Senac em Minas e Sindicatos Empresariais que tem como presidente o empresário Nadim Donato. A Fecomércio MG é a maior representante do setor terciário no estado, atuando em prol de mais de 740 mil empresas mineiras. Em conjunto com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), presidida por José Roberto Tadros, a Fecomércio MG atua junto às esferas pública e privada para defender os interesses do setor de Bens, Serviços e Turismo a fim de requisitar melhores condições tributárias, celebrar convenções coletivas de trabalho, disponibilizar benefícios visando o desenvolvimento do comércio no estado e muito mais.Há 85 anos fortalecendo e defendendo o setor, beneficiando e transformando a vida dos cidadãos.