A manhã de desta terça-feira no Hospital Metropolitano Unimed, em Coronel Fabriciano, foi tomada pela intensa movimentação dos colaboradores e médicos cooperados que atuam no local. Após o acionamento do alarme de incêndio, todos que estavam na unidade hospitalar esvaziaram o prédio de três pavimentos. A alteração na rotina, uma iniciativa do SESMT (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), foi informada para evitar pânico e é um esforço necessário para garantir que, em casos de incêndios reais, cada um saiba o que fazer para contribuir com o trabalho dos brigadistas e Corpo de Bombeiros para evitar vítimas e minimizar os danos.
Quando o alarme tocou, a orientação foi que os presentes no HMU seguissem para as saídas de emergência, tentassem manter a calma para evitar tumulto e caminhassem até os pontos de encontro. Todo o direcionamento de como agir e para onde se dirigir contou com a atuação de brigadistas da Unimed Vale do Aço. Logo em seguida, as unidades dos Bombeiros militares chegaram ao hospital, entraram no prédio e iniciaram o trabalho de combate ao suposto fogo.
O sargento Fabiano Gomes, do Corpo de Bombeiros, falou sobre a atividade. “O treinamento simulado é importante para termos consciência daquilo que devemos fazer e para onde devemos ir em um caso de incêndio real, tanto para os colaboradores e brigadistas envolvidos, quanto para os próprios bombeiros militares, que reforçam os conhecimentos de evacuação de vítimas e combate a incêndio. Fazemos esses treinamentos para que em uma eventualidade o pessoal esteja preparado para agir até a chegada dos bombeiros” esclareceu.
Para garantir que todas as circunstâncias fossem simuladas, O SESMT selecionou colaboradores para serem resgatados. “O papel do brigadista da Unimed é fundamental, porque até a chegada dos bombeiros, ele vai remover as vítimas para um local seguro, orientando os pacientes, os acompanhantes, os colaboradores, que devem se direcionar ao ponto de encontro correto. Os brigadistas são essenciais para que todos fiquem em segurança. Já os bombeiros, ao chegarem, vão continuar o combate se assim for necessário e avaliar todo o cenário, verificando se alguma vítima permanece dentro do hospital”, acrescentou.
Apesar da interrupção no trabalho para a simulação, colaboradores, que acompanharam pelo estacionamento, e os brigadistas, que auxiliaram nas atividades, destacaram a relevância da atividade. “Nós tivemos a parte teórica e agora pudemos vivenciar na prática. Fiquei ansiosa quando a sirene começou a soar, pensando no que eu faria, em como meus colegas agiriam. Após a retirada da vítima me acalmei e consegui realizar minhas funções e auxiliar os bombeiros. O simulado foi uma ótima oportunidade até mesmo para apontarmos os erros e nos prepararmos para situações que possam vir a ocorrer”, pontuou Rafaela de Souza, brigadista da Unimed Vale do Aço.
“Incêndios em hospitais não são algo habitual em nosso país, porém, a partir do momento que fazemos esse tipo de treinamento, a maneira de agir diante de um sinistro vai se tornando automática e as pessoas vão saber o que fazer. Com isso, poupamos muitas vidas”, concluiu o sargento do Corpo de Bombeiros.
Treinamentos
Responsável pela segurança dos colaboradores e o desenvolvimento de ações que auxiliem na prevenção de doenças ocupacionais, o SESMT foi o responsável, junto ao Corpo de Bombeiros, pela realização do simulado de incêndio. Segundo o engenheiro de Segurança do Trabalho da Unimed Vale do Aço, Samuel Senna, há um ano os colaboradores participam de treinamentos como brigadistas, para aprenderem técnicas de contenção de incêndio e evacuação do prédio.
“Essencial que nós, enquanto instituição, estejamos preparados para qualquer eventualidade. Temos aqui um plano de resposta a emergências e dentro dele há a contemplação de vários tipos de sinistros, incluindo incêndios. É importante estarmos preparados para fazer o combate desse foco de incêndio e a evacuação do prédio. Nossos brigadistas foram treinados para conseguirem auxiliar o Corpo de Bombeiros, orientando sobre as saídas de emergência, pontos de encontro, pontos de hidrantes, além de remoção de pessoas com mobilidade reduzida, sejam eles pacientes ou outros colaboradores. Há um ano estamos treinando nossos brigadistas e nesta terça-feira, executamos a prática, com essa simulação”, explicou o engenheiro.
Apontamentos
Após a realização do simulado, o Corpo de Bombeiros fez algumas considerações. “Foram apresentados os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades de melhoria que vamos aplicar na instituição para que nos próximos simulados possamos melhorar e caso venha a ocorrer uma situação real, possamos agir sem que haja vítimas. Nós, internamente, também tivemos pessoas que fizeram a análise dos setores, por meio de fichas de avaliação, e agora analisaremos todas as questões apresentadas para aperfeiçoarmos nossos métodos. De toda forma, conseguimos garantir o esvaziamento do prédio com rapidez e ter um tempo de resposta pequeno com a chegada do Corpo de Bombeiros e da ambulância do SOS Unimed, o que é essencial em casos de incêndio para salvar vidas”, concluiu.