NATAL: SINDCOMÉRCIO FAZ PESQUISA SURPREENDENTE

Os consumidores que irão às ruas nas semanas que antecedem o Natal estarão à procura de preço baixo e optarão por pagar suas compras à vista com dinheiro. É o que revela a pesquisa “Expectativa do Comércio Varejista” realizada pelo Sindicato do Comércio Varejista e Atacadista de Bens e Serviços (Sindcomércio) junto a empresários de Ipatinga, Coronel Fabriciano e Timóteo. Os dados ainda apontam que 35,9% dos lojistas entrevistados pela entidade acreditam que as vendas serão melhores em 2015 quando comparadas ao mesmo período do ano passado.

De acordo com José Maria Facundes, presidente do Sindcomécio, o Natal movimenta todos os segmentos do comércio e será importante para que o empresário possa “sair do vermelho”.

“Alguns comerciantes do Vale do Aço começaram a ‘puxar’ para frente de suas lojas, já após o Dia das Crianças, os produtos que pretendem vender no Natal. As contratações temporárias atrasaram. Se antes eram feitas em outubro, até para facilitar o treinamento do colaborador, acabaram adiadas em 2015 para novembro. Fato é que o volume maior de vendas em dezembro exige que os empresários reforcem suas equipes”, aconselha.
Os lojistas entrevistados pelo sindicato patronal que estavam otimistas responderam que as vendas serão melhores em 2015 por conta do apelo emocional da data (34,3%) e em função da injeção do 13º salário na econômica regional. 69,5% dos comerciantes afirmaram que o preço será o principal atrativo aos consumidores, além de atendimento diferenciado (11,7%) e a facilidade de crédito (10,4%).

Procura maior

Os comerciantes preveem que os produtos mais vendidos neste Natal serão roupas (34,9%), eletrônicos (14,1%) e calçados (13,8%). Ao contrário do que aconteceu em anos anteriores, quando a maioria das compras era paga no cartão de crédito parcelado, a pesquisa apontou que boa parte dos pagamentos em 2015 deverá ser feita à vista e em dinheiro (47,1%). O gasto por consumidor, conforme demonstrou a pesquisa, deverá variar entre R$ 50 e R$ 200. “O comerciante tem que ter em mente que é preciso sempre evoluir. Um estilo de loja que dava certo 10 anos atrás pode não ter o mesmo sucesso em 2015. É necessário aproveitar o surgimento do Facebook, do WhatsApp e das inúmeras outras mídias sociais, seja na divulgação de produtos ou mesmo na administração de seu negócio”, diz Facundes, que complementa: “Um ‘smart phone’ em mãos pode funcionar com um escritório itinerante: em qualquer lugar é possível responder o e-mail de um representante, entrar em contato com um gerente e até fechar um negócio. As divulgações de seus produtos via mídias sociais tem custo bem menor, enquanto o alcance é amplo.”

Fidelização

O presidente do Sindcomércio ressalta que é necessário usar a criatividade em momentos desfavoráveis da economia: “Muitos empresários promovem coquetéis em suas lojas e presenteiam os clientes com brindes ou kits, o que não só agrada o consumidor, mas cria uma relação de amizade. Às vezes o cliente pode ir à loja apenas para bater um papo, tomar um café. Isso também é muito importante para fidelizá-lo.”   

Fotos: Emmanuel Franco

 

 

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