Matéria de Kelli Angelini publicada na http://www.cartaeducacao.com.br
Mães, pais, professores e coordenadores escolares passaram a ouvir falar ou ler, do dia para noite, sobre uma tal de “Momo”. Mas o que é isso?
Trata-se da foto de uma menina de olhos esbugalhados e com uma boca que vai de uma orelha a outra, aparentando uma mulher usando uma máscara de um personagem de filme de terror (na verdade a imagem é uma escultura que foi exposta em 2016 numa galeria de arte em Tóquio).
Mas o perigo não é se assustar com a imagem. A princípio trata-se de um jogo (perigoso) no qual crianças e adolescentes recebem ligações ou adicionam o número amaldiçoado do WhatsApp da Momo e conversam com ela. Nessas conversas há relatos de jovens que receberam imagens violentas, xingamentos e até ameaças.
Como para muitas crianças e adolescentes tudo parece diversão, a “brincadeira” que pelo que dizem começou no México, se espalhou por diversos países do mundo e chegou também ao Brasil.
Mas a coisa para por aí? Não. O mais perigoso vem agora. Há informações de que a “Momo” estaria induzindo crianças e adolescentes, que conversam com ela pelo WhatsApp, a praticar determinados desafios (supostamente violentos), instigando que os envolvidos comprovem coragem através deles e até ameaçando quem não o faça.
As ameaças supostamente decorreriam do fato de que a pessoa que estaria por trás da “Momo”, valendo-se do número do celular e do nome da criança ou adolescente que conversa com ela, buscaria informações na Internet e induziria os jovens a acreditar que a “Momo” sabe tudo sobre a vida dela, inclusive que teria o contato de seus amigos e familiares.
Nos últimos dias, o assunto (“Momo”) passou a ser um dos mais comentados devido não só à publicação de matérias em jornais regionais sobre “vítimas do jogo Momo”, mas também pela circulação, nos grupos de Whatsapp das mães de grupos escolares, compartilhando prints com desabafos de mães que supostamente perderam seus filhos em decorrência do desafio de prender a respiração, dando a entender que teriam sido causados pelo jogo “Momo”.
Apesar da situação crítica, é preciso manter a calma em momentos como esse e refletir. Embora existam casos concretos de jovens que perderam a vida em decorrência de desafios violentos, não há até o momento qualquer comprovação oficial de que esse jogo da “Momo” teria causado a morte de alguma criança ou adolescente.
Diante de todos esses fatos, impera a preocupação dos adultos sobre o que devemos fazer.