ITACARÉ, TAIPU DE FORA, BOIPEBA: O PARAÍSO É AQUI

As águas cristalinas me chamavam para conhecer a Península de Maraú, na Bahia. Mais precisamente Itacaré, Barra Grande, Taipu de Fora e Boipeba.

Viagem programada, a melhor companhia, e lá fui eu, para dias de admiração e encantamento. A primeira parada é em Vitória da Conquista, porque fazer os mais de 900km em um só dia se fazia desnecessário. A cidade é enorme, bem traçada, prédios altos e ruas largas… um bom pouso. Aliás, a Bahia toda está um primor de capricho: estradas muito bem asfaltadas, outras de terra, largas, onde é possível viajar a 120km/h deslizando… E as boas vindas no sorriso de cada baiano e baiana, inconfundível! Como são gentis e alegres, eles todos!

Chegar a Itacaré é fácil, e o Google Maps ajudou bastante.A pequena cidade oferece rodos os recursos para turistas, de pista de pouso a hospital, e um sem-número de restaurantes, bares, pousadas de todos os tipos, além das praias paradisíacas, água transparente e piscinas naturais que são um espetáculo à parte. Fiz massagem numa barraca da praia, comi deliciosa casquinha de siri – a verdadeira, pedaçuda – e bebi um suco de mel de cacau inesquecível, ambos no restaurante Tia Deth. Já na Vila Barracuda Boutique Hotel, diárias caríssimas, cujo dono é um dos músicos do grupo sueco ABBA, degustei o abará, um acarajé cozido em folha de bananeira, e um tartar de peixe, ambos divinos. Sim, a Vila Barracuda é super bacana, mas a localização dela é péssima, em frente ao cais do porto. Já onde alugamos era muito longe de tudo, nos obrigando a “viajar” para as praias.

Vou falar das pousadas: aprendi nessa viagem que não quero mais reservar nada, nem pelo Booking.com nem pelo Airbnb, nem por nenhum outro aplicativo. O que a gente não vê nas fotos nem nos comentários dos clientes é o que decepciona: localização, chuveiro entupido, cachorro fedorento, criança insubordinada, acomodações antigas e ultrapassadas… de agora em diante vou retomar meu costume de chegar, visitar as pousadas e só então fechar a estadia.

Em Barra Grande, Taipu de Fora tem outra vibe. É como se Itacaré fosse Porto Seguro, Taipu de Fora fosse Arraial D’Ajuda e Boipeba, Trancoso de tempos atrás, quando eu o conheci, em 1990.

A estrutura turística de Taipu de Fora é completa e recheada de opções requintadas, tanto nas barracas à beira mar – desde aquelas bem raízes até as com som lounge e poltronas espalhadas pelos jardins – quanto nos restaurantes da cidade. Ela é bem espalhada, com praias longe do centro, e por isso se faz necessário ir de carro ou alugar os quadriciclos, que são um meio de transporte muito usado por lá. Vá sem pressa de voltar, porque são várias praias lindas e serviço de boa qualidade. Os restaurantes estão espalhados, inclusive pelos bairros mais afastados do centrinho, onde uma galeria/mini shopping movimenta as noites com um footing animado.

Boipeba, ahhh, Boipeba… Ilha encantada fincada numa parte extrema da península, ela é ideal para curtir belos dias de sol e maravilhosas praias quase desertas. Esse pedacinho do litoral baiano é imperdível para quem precisa relaxar e não tem preguiça de fazer caminhadas por trilhas na mata ou na praia, que são as únicas formas de você se locomover por lá. Além dos quadriciclos e tratores, que estão em pontos determinados ao longo da ilha…
O perigo de assalto é zero, e por isso você pode entrar na trilha em noite escura – todo mundo tem uma lanterninha a tiracolo. As praias são paradisíacas, o centrinho é organizado e tem barraquinhas de comidas, bebidas e artesanato, tudo organizadíssimo. A ilha inteira é limpa, limpa, limpa. Pela manhã, um grupo de mulheres com uniformes e chapeuzinho amarelo sai pelas praias, recolhendo o lixo deixado por turistas sem noção. Os carregadores de malas – em carrinhos de mão – fazem parte de uma cooperativa e estão uniformizados. Todos os moradores com quem me deparei são gentis, amáveis e sorridentes. Boipeba abriga também o vilarejo de Murerê, uma gracinha de lugar, bem rústico.
Além das praias, vale a pena pegar um barco, viajar por 15 minutos mar adentro e chegar às piscinas naturais formadas pelos corais, onde água transparente não vai além dos joelhos!
Ah! para se chegar a Boipeba, fomos até Graciosa de carro, e lá pegamos uma lancha, em percurso de aproximadamente 40 minutos. O carro ficou em um estacionamento coberto pelos três dias da viagem.
Minhas próximas férias, com certeza, serão por esse mesmo destino. Minha dica: fique mais que os dez dias que pude estar ali. No mínimo cinco dias para cada um desses lugares incríveis, eis a minha sugestão.
E boa viagem.

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