Uma matéria publicada no site https://thesummerhunter.com/ me chamou especialmene a atenção, muito porque eu estou nesta fase que me identifiquei como Adultescente, assim , assim, desde que li a matéria. E como acho que muita gente está nessa vibe, resolvi publicar:
“A consultoria WGSN definiu o “adulto eternamente jovem” como a maior tendência de consumo de 2025. Segundo a análise, o conceito de juventude está se estendendo por mais tempo e isso impacta diretamente o que se entende por “cultura jovem”. Aqui, a gente reflete: será que ainda precisamos assumir uma postura senhorial pra oficializar a vida adulta? Ou podemos apenas existir, do jeito que somos?
Adultescente
As gerações mais recentes — especialmente Millennials e Geração Z — estão redefinindo os marcos tradicionais da vida adulta. A saída da casa dos pais acontece mais tarde, assim como a estabilidade financeira, o casamento e a decisão de ter filhos. Pra muitos, esse roteiro nem sequer faz sentido, e a prioridade passa a ser um estilo de vida alinhado às próprias vontades e valores.
Essa mudança de percurso e de ritmo, somada ao aumento da expectativa de vida, tem transformado o próprio conceito de juventude. Algumas instituições, como a ONU, definem essa fase como o período entre os 15 e 24 anos. Mas outras vêm estendendo esse intervalo até os 30 ou 35 anos, dependendo do contexto da análise — seja em políticas públicas, seja em pesquisas sobre desenvolvimento humano. Será que, hoje, a juventude tem mais a ver com estado de espírito?
Apesar do medo de envelhecer ainda ser forte em nossa sociedade, vivemos um momento em que o passar dos anos começa, lentamente, a ser visto de forma menos estigmatizada e estereotipada. E isso faz bem até pra nossa saúde: uma pesquisa publicada na Journal of Personality and Social Psychology revelou que pessoas com crenças positivas sobre o envelhecimento podem viver, em média, sete anos e meio a mais do que aquelas que encaram essa fase com pessimismo.
Graças aos avanços da medicina e à implementação de políticas públicas, uma parte da população — especialmente aqueles com mais recursos financeiros — tem conseguido cuidar melhor da saúde e aproveitar a vida da forma que deseja por mais tempo. Ou seja, dá pra chegar aos 60 anos fazendo trilhas, pegando ondas ou se jogando na noite pra dançar.
Um estudo publicado em agosto na revista científica Psychology and Aging provou que a idade com a qual alguém é considerado velho tem aumentado. Atualmente, adultos e idosos se sentem mais jovens do que pessoas com idades semelhantes há 10 ou 20 anos. Por exemplo: os resultados indicam que, aos 64 anos, a média da percepção do início da velhice é por volta dos 75. Com isso, referências como a meia idade aos 45 anos e a terceira idade aos 60 vêm perdendo o sentido. O envelhecimento é cada vez mais uma experiência pessoal e subjetiva.
Eternamente você
Ser um adulto eternamente jovem passa por entender que não precisamos abandonar certos gostos ou comportamentos da juventude por pressão social. A recusa de abrir mão do que sempre nos moveu ou que nos fez bem — e isso vai desde o jeito de se vestir até sair com os amigos pra se divertir — pode evitar que sentimentos como a solidão, a melancolia e a falta de sentido na vida apareçam.
Se manter curioso e aberto a experimentar coisas novas também ajuda a preservar o tesão pela vida, sensação que costuma atingir seu ápice na juventude. Já aprender algo novo não só potencializa esse sentimento, como estimula a capacidade cognitiva e facilita a socialização com pessoas que têm os mesmos interesses que você.
Pra saber mais:
· A matéria When Do You Become an Adult?, do The New York Times.
· O nosso post com uma lista de 7 coisas que os 40 anos de idade ensinam.
· O episódio Envelhecer, do podcast Gostosas Também Choram, de Lela Brandão.
· O livro Breaking the Age Code: How Your Beliefs About Aging Determine How Long and Well You Live (2022), de Becca Levy.”